Ultima atualização 18 de setembro

Área de infraestrutura brasileira deve recorrer a parcerias público-privadas

O crescimento do PIB limitado a 1,2% no próximo ano não será suficiente para Brasil aumentar a capacidade de investimento em infraestrutura necessária

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Estudo elaborado pela seguradora de crédito francesa aborda as deficiências de infraestrutura na América Latina, a começar pelo Brasil, a mais importante economia da região. Coordenado pela economista chefe para América Latina, Patrícia Krause, o relatório considera crucial atrair investimentos privados à região. Mesmo com o fim da recessão no Brasil, o crescimento do PIB limitado a 1,2% no próximo ano não será suficiente para aumentar a capacidade de investimento necessária. A solução passa cada vez mais pelas parcerias público-privadas, facilitadas pela adaptação das legislações no Chile, na Colômbia e no Brasil. “Ainda é preciso dar mais transparência às concorrências, diminuir a burocracia e principalmente combater a corrupção endêmica”, destaca a economista.

Para Krause, “está na hora de acabar com o problema da falta de infraestrutura que compromete o desenvolvimento da região”. “Dirigir nas estradas brasileiras é perigoso e um desafio para os motoristas. O asfalto é rugoso, o pavimento esburacado e sem sinalização de segurança. Um exemplo de fraqueza estrutural nocivo para a competitividade do país”, comenta a economista. Ela salienta que o Brasil não é um caso isolado, no entanto, antes de citar os vizinhos, o relatório observa que a qualidade dos portos e dos serviços portuários também é muito ruim no Brasil, da mesma forma que na Argentina, na Colômbia e no Peru. Segundo o estudo, as raras exceções de países com infraestrutura um pouco mais decente são o Chile e o México, em menor escala.

Brasil: 114° país em um ranking de 138 na área de transportes

O relatório informa, também, que em infraestrutura em transportes, o Brasil está classificado na posição 114, na lista de 138 países pesquisados. “Transportar uma mercadoria no interior do Brasil custa às vezes mais caro do que enviá-la ao exterior”, afirma Patricia Krause. Na avaliação dela, para a solução deste problema, seria necessário investir muito mais do que os 3% de PIB que os países da região destinam atualmente.

O estudo também propõe em suas conclusões desenvolver o mercado de obrigações do Tesouro, utilizar recursos dos fundos de investimento para a área de infraestrutura e dos fundos soberanos dos Estados.

A.C.
Revista Apólice

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