A resseguradora Munich Re dos EUA lançou uma ferramenta de realidade virtual que simula um tornado. Objetivo é reforçar os riscos desse fenômeno e a importância de aumentar a resiliência das construções e ajudar a mitigar futuras perdas.
Os danos causados por tempestades às propriedades nos EUA têm crescido continuamente nos últimos 40 anos; ultrapassando mais de US$ 22 bilhões em perdas. Isso inclui US$ 15,3 bilhões de perdas seguradas, em 2016 – de acordo com a Princeton, resseguradora com matriz em New Jersey.
“Nos EUA, é comum ocorrer furacões área costeira, como o Sandy ou o Matthew no ano passado, mas ano após ano o país tem enfrentado níveis cada vez mais altos de perdas seguradas devido a graves eventos torrenciais – que incluem tornado, granizo e ventos fortes”, conta Mark Nove, pesquisador sênior em meteorologia na resseguradora.
Perigos
Mesmo assim, esse perigo é muitas vezes ignorado, particularmente se compararmos com o potencial destrutivo desses furacões. A companhia está usando esse artifício para aumentar a conscientização não apenas dos riscos, mas de aumentar a resistência das construções. A ferramenta pode ser encontrada online via YouTube, mas exige um Google VR – óculos de realidade aumentada – para que se tenha a experiência completa.
“Após o furacão Andrew, em 1992, o estado da Flórida implementou regulamentações para construções muito mais restritas e até mesmos nos furacões de 2004 e 2005, foi possível comprovar como esses reforços fizeram diferença”, afirma Nove.
Ele complementa que os tornados são, na verdade, as mais poderosas tempestades que existem, com ventos que podem chegar a mais de 300 km/h.
Relatórios anteriores da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica estadunidense estima que o país teve 945 tornados de janeiro a abril de 2017. O começo da temporada de maior incidência, 34 mortes foram contabilizadas, em comparação com 18 mortes em 2016.
A.C.
Revista Apólice