Ultima atualização 19 de abril

O mercado está pronto para absorver seguros?

É possível dizer que temos um mercado maduro, mas com ainda muito potencial a ser explorado, se bem entendido e atendido
Richard Freitas
Richard Freitas

Falar em maturidade no mercado de seguros brasileiro requer avaliações sob alguns pontos de vista. Porém, em linhas gerais, é possível dizer que temos, sim, um mercado maduro, mas com ainda muito potencial a ser explorado, se bem entendido e atendido.

Em 2016, o setor, que é supervisionado pela Susep, registrou uma trajetória consistentemente ascendente: 5,7% até maio, 6,5% até julho, 7,2% até setembro e 8,2% até novembro. Como um todo, o mercado de seguros arrecadou R$ 291,5 bilhões. Esses números demonstram o dinamismo do segmento e a sua capacidade de crescer mesmo em um ambiente econômico desfavorável. Para 2017, a previsão é de um crescimento consolidado entre 9% e 11%.

Visto isso, o que esperar das empresas seguradoras? Será que além dos seguros individuais, o mercado está preparado para trabalhar com mais empenho nos seguros empresariais? Há, nessa área, um grande campo a ser trabalhado. Imagine que dados do setor apontam que apenas 9% das empresas brasileiras têm algum seguro atualmente. Ora, se pensarmos que hoje temos mais de 19 milhões de empresas ativas no país, há aí um mercado interessantíssimo, correto?

Ter um seguro pode ser vital para uma empresa independente da área de atuação, porte ou quantidade de colaboradores. Vimos recentemente alguns casos impressionantes. Um supermercado em São Paulo que pegou fogo e infelizmente nada pode ser salvo. Uma universidade no Rio de Janeiro, que também sofreu um incêndio e teve instalações danificadas. Se o prejuízo é grande nesses casos – de empresas/instituições maiores e teoricamente com a possibilidade de reconstrução – imagine no caso de PMEs?

Interessante, neste aspecto, é trabalhar e disseminar a cultura do seguro empresarial. Principalmente porque vemos, especialmente entre os donos de PMEs, uma percepção de que ter um seguro não é algo possível ou viável para eles. Quando, na realidade, é, sim, possível e necessário que estejam protegidos tendo, por exemplo e minimamente, um seguro empresarial, um seguro auto (em caso de frota própria), um seguro de responsabilidade civil e um seguro de transportes e benefícios para retenção de talentos (como seguro de vida, saúde, odontológico e previdência privada).

Para sermos práticos e objetivos: existem seguros empresariais para micro negócios que cobrem tanto os pertences da residência quanto os equipamentos da empresa por singelos R$ 100/ano! E seguros de vida que oferecem não só a realização de serviço funerário como também indenização mediante invalidez por acidente, uma das maiores preocupações do brasileiro, por outros R$ 50/ano para uma pessoa de 45 anos. Será que os donos de PMEs têm consciência dessa realidade? Isto é, pode-se ter proteção do negócio a preços justos? Ou alguém, em sã consciência, diria que estes custos não cabem no bolso da maior parte do brasileiro?

Claro, as soluções vão variar de acordo com a área de atuação e particularidades de cada empresa. Mas eu diria que é vital que pequenos e médios varejistas, industriais e até artesãos (porque não?), possam ter garantias sobre seus patrimônios, muitas vezes conquistados com todas as economias da família. Que tal pensar no assunto?

Sobre o autor

Richard Freitas, sócio-diretor da protect, microfranquia especializada em seguros e soluções administrativas para PMEs

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