O forte terremoto na Itália ocorrido na última quarta-feira (24) não deverá ser suscetível a utilizar o fundo de 200 milhões de euros para cobrir os danos causados, já que o fundo criado no país tem baixa exposição nas regiões afetadas, afirmam investidores.
O terremoto devastou uma série de cidades montanhosas localizadas no centro da Itália, prendendo moradores sobre pilhas de escombros, matando ao menos 38 pessoas e deixando milhares de desabrigados.
Com título emitidos no ano passado pela UnipolSai, o fundo da Azzurro Re foi o primeiro a ser intitulado como um fundo de catástrofes para cobrir terremotos na Itália. Existem fundos similares contra danos causados por furacões e terremotos na América do Norte e Japão.
Os investidores que compram um título desse fundo de catástrofe desfrutam de um alto rendimento, mas perdem muito valor caso ocorra um evento dentro dos parâmetros acordados, incluindo fatores como localização e gravidade.
A U.S Geological Survey, empresa que atestou a magnitude de 6.2 no terremoto desta quarta-feira, afirmou que o terremoto ocorreu na região de Úmbria, perto da cidade de Norcia, enquanto o instituto italiano de terremotos – INGV – registrou 6.0 de magnitude com o epicentro perto do sul, próximo a Accumoli e Amatrice.
A baixa exposição do fundo na região de Úmbria, 0,2% do fundo, se contrapõe à porcentagem de 34,7% de exposição do fundo para terremotos em Roma, por exemplo, afirma um investidor.
A empresa especialista em gerenciamento de fundos, Twelve Capital, afirma que uma análise da maneira como o evento ocorreu sugere que o fundo não será afetado.
“Nós não acreditamos que o fundo será desencadeado”, afirma John Butler, head de Investimento da gerenciadora de fundos.
Fonte: Reuters
A.C.
Revista Apólice