Ultima atualização 19 de julho

Saúde suplementar discute franquia, coparticipação e venda online

ANS e representantes do segmento debateram mecanismos de regulação. Presidente da FenaSaúde também participou do encontro

Saúde suplementar discute franquia, coparticipação e venda online

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reuniu representantes do setor para discutir a venda online de planos de saúde e o uso de mecanismos financeiros de regulação, a fim de estimular a concorrência e o desenvolvimento do segmento. Realizada em 14 de julho, a mesa de debates contou com a participação de Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

A executiva destacou a iniciativa da Agência em estabelecer esse diálogo em um cenário macroeconômico de crise no País. “Renda e emprego são dois fatores determinantes no nosso setor. E quando discutimos a regulação de propostas, é necessário se despir de antigos conceitos que podem ter justificado uma regulação mais restritiva na operação de produtos com franquia e coparticipação, mas que hoje não se fazem mais necessários. Devemos debater como esses mecanismos precisam de maior compartilhamento de custos para sua efetividade”, observou.

Solange Beatriz participou do painel “Uso de Mecanismos Financeiros de Regulação”, que abordou a coparticipação e a franquia como instrumentos para incentivar a competitividade e impulsionar a evolução do segmento. Mais que estimular o equilíbrio financeiro, esses mecanismos, segundo ela, trarão o beneficiário para dentro do sistema de saúde suplementar. Para a executiva, ele será um forte agente no controle dos custos e desperdícios.

Ela ressaltou dados do Mapa Assistencial, divulgado nesta semana pela ANS, no qual alguns exames realizados no Brasil apresentam taxas acima da média dos países desenvolvidos, citando como exemplo a ressonância magnética. Nos últimos dois anos (2014 e 2015), o número realizado por mil beneficiários oscilou de 119 a 132, enquanto que os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) relataram, em 2013, uma média de 23 exames por mil habitantes, em regime ambulatorial.

“É um dado sintomático do descontrole da utilização de procedimentos. Se não sente no bolso o custo do excesso de pedidos de exames desta natureza, o beneficiário não tem razão para questionar a própria indicação. Trazê-lo para o sistema é uma forma de preservar a efetividade do setor”, afirmou. Para a presidente da FenaSaúde, o cenário atual evidencia que há demanda dos empregadores por produtos com franquia e coparticipação, e que a adoção desses mecanismos de regulação financeira melhora os incentivos e reduzem desperdícios.

L.S.
Revista Apólice

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