Ultima atualização 23 de maio

XL Catlin é a principal seguradora de avião desaparecido da EgyptAir

XL Catlin é apontada como principal seguradora do do voo MS804 da EgyptAir, que ia de Paris ao Cairo, e caiu nesta quinta-feira

Avião EgyptAir

Na manhã desta quinta-feira, 19, foi divulgada a notícia da queda do voo MS804 da EgyptAir, que ia de Paris ao Cairo. A aeronave levava 56 passageiros e 10 tripulantes e teve seu último registro com a torre de controle sobre o Mar Mediterrâneo. Depois disso, mudou de rota subitamente e desapareceu. O modelo é o mesmo das tragédias da TAM e da Germanwings e um dos mais seguros do mundo.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o avião da EgyptAir que desapareceu na manhã de hoje, 19, tinha como seguradora principal a XL Catlin e como broker a Marsh.

Os executivos das companhias não quiseram comentar o assunto. O presidente francês, François Hollande, afirmou que o avião caiu e está desaparecido. Até o momento não há informações sobre as quantias seguradas do acidente, mas, de acordo com a assessoria da XL Catlin no Brasil, a seguradora optou por não falar sobre o assunto no momento.

O corretor de seguros e especialista em gerenciamento de riscos, Gustavo Cunha Mello, faz algumas considerações sobre o acidente em sua página pessoal em uma rede social. Para ele, o modelo do avião A320 é seguro. Existem 3.660 em operação, com custo médio de US$ 97 milhões, com aproximadamente 22 acidentes de perda total registrados em 27 anos. O avião da EgyptAir, com matrícula SU-GCC, foi fabricado em 2003, o que é considerado novo para um avião; além disso, o tempo em rota era bom, o avião estava em cruzeiro na rota FL370 (37 mil pés) que equivalem a 11.300 metros.

Os pilotos tinham razoável experiência. “PIC sentado à esquerda com 6275h sendo 2101h no modelo; FO sentado à direita com 2766h. O avião estava leve, tem capacidade para 180 passageiros e transportava 56. Além de 10 tripulantes, sendo 3 seguranças, o que é comum na região”, afirmou.

 

A EgyptAir  é uma estatal fundada em 1933, com Hub no Cairo, tem uma frota com 62 aeronaves, voa para 78 destinos e possui 9 mil funcionários. Possui aproximadamente 23 acidentes e incidentes em sua história. Vinha apresentando dificuldades financeiras desde a revolução no Egito em 2011, com a redução dos passageiros, o aumento do querosene de aviação e as greves. Opera em média com 67% de ocupação nas aeronaves.

Em 31/10/2015 um avião russo A321 da Metrojet – performando o vôo 9268 – decolou de Sharm el-Sheikh e caiu no Sinai após terrorismo do grupo do Estado Islâmico. Alegando necessidade de segurança a Rússia e outros países proibiram vôos originados no Egito, prejudicando ainda mais a EgyptAir.

Em 29 de março de 2016, um avião da EgyptAir, no vôo 181, que voava de Alexandria para o Cairo, foi sequestrado e forçado a aterrissar no Chipre. O homem que desviou a rota carregava um cinturão com explosivos falsos e acabou preso. “O piloto não reportou nenhum problema ao Controle do Espaço Aéreo. Esse é um ponto fundamental! Portanto, por ter sido algo súbito (como uma bomba) que tenha causado a desintegração do vôo em cruzeiro, parece mesmo terrorismo. Ainda que a manutenção da EgyptAir eventualmente mereça cuidados pela combalida condição financeira atual, mas essa configuração (região, forma de desaparecimento, falta de reporte de emergência pelo piloto) aponta para ato terrorista”, comentou.

 

 

 

 

A.C.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO