Ultima atualização 22 de outubro

Empresas ainda não sabem avaliar seus riscos cibernéticos

Para especialista, segurados muitas vezes querem comprar o seguro, mas deixam de lado medidas de proteção contra ataques e não contratam limites adequados
Peter Hacker durante apresentação

O uso cada vez maior da tecnologia de cloud computing para guardar dados, apesar de reduzir os custos com tecnologia, torna as empresas mais suscetíveis a ataques de hackers. Isso porque, ao terceirizar a armazenagem de seus dados, a empresa diminui o controle sobre eles. Outra tendência crescente é a utilização, por parte dos colaboradores, de seus próprios dispositivos (como tablets e smartphones) para atividades relacionadas ao trabalho. Neste caso, o perigo está na exposição a vírus e malwares, já que as medidas de segurança tomadas pelas empresas muitas vezes não é estendida a objetos pessoais dos colaboradores.

Esses são dois dos principais riscos cibernéticos aos quais as empresas estão expostas hoje, indicou o especialista da JLT, Peter Hacker, ao falar sobre o assunto em almoço com clientes e jornalistas nesta terça-feira, 22 de outubro. Ele afirmou que a corretora deverá comercializar produto para este risco no Brasil em 2014, em parceria com a Allianz. “Utilizamos este contrato mundialmente com a Allianz, mas adaptaremos para o Brasil”, disse.

De acordo com ele, os clientes poderão contratar não apenas o seguro para cobrir perdas econômicas, mas também o serviço de avaliação e gestão do risco – ICE (Intangible & Cyber Exposure, em inglês). A ideia é trabalhar com os seguros já contratados pelo segurado (como Property, Casualty, D&O etc) ao invés de tentar promover um novo conjunto de produtos de seguros. Com isso, evitam-se lacunas ou sobreposições de coberturas. O ICE foi lançado pela companhia em Londres, em maio do ano passado.

O mais importante, destacou, é avaliar se os limites contratados estão de acordo com o risco. Além disso, pode acontecer de o risco não ser tão grande quanto o imaginado e a empresa poderá aplicar o dinheiro que compraria o seguro (ou coberturas extras) em outras medidas de segurança e proteção contra ataques cibernéticos. “A análise do perfil do cliente é importante para evitar gasto mais amplo do que o necessário e limites que não são adequados”, observou Hacker.

O especialista ainda frisou que o termo “cibernético” é apenas um de uma série de riscos interligados intangíveis que dão origem a uma grande variedade de exposições, tanto para a própria empresa quanto terceiros.

Peter Hacker falará sobre “Riscos Cibernéticos” em palestra nesta quarta-feira (23) no X Seminário Internacional de Gerência de Riscos e Seguros, promovido pela Associação Brasileira de Gestores de Risco (ABGR), nos dias 21 e 23 deste mês, em São Paulo.

Jamille Niero / Revista Apólice

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