Ultima atualização 24 de agosto

Ifaseg lança seguro para cancelamento de viagem

Apólice, que é subscrita pela seguradora QBE, reembolsa o consumidor caso a viagem seja prejudicada por catástrofes naturais, entre outros fatores

O consumidor, que hoje prefere comprar pacotes turísticos com mais de três meses de antecedência, praticamente não tinha como obter o reembolso em caso de desistência, após a garantia, assegurada em lei, de sete dias após a compra.

De acordo com a administradora de seguros Ifaseg, que gerencia os riscos de mais de 60% das operadoras de turismo do Brasil, mais da metade dos pacotes turísticos estão sendo comprados por, no mínimo, três meses de antecedência. “Tendo em vista este novo comportamento do consumidor, os pedidos de cancelamento da viagem dobraram nos últimos dois anos, em razão de inúmeros imprevistos que podem ocorrer dentro de um período tão longo entre o momento da compra e a data do embarque”, diz Mário Gasparini, diretor da Ifaseg. “Contudo, se o consumidor quiser desistir da viagem, a lei garante a ele apenas sete dias para obter o reembolso. Depois deste período, o turista só dispunha do tradicional produto de cancelamento oferecido pelas empresas de assistência ao viajante, que reembolsa apenas casos de morte, invalidez ou internação hospitalar por mais de três dias”, complementa Waldir de Menezes, também diretor da Ifaseg.

Para solucionar este problema, a Ifaseg desenhou um novo seguro de cancelamento, cujas coberturas vão além das proteções atualmente oferecidas pelo mercado. “O novo seguro garante o reembolso já a partir de pequenos eventos como gripes e resfriados. Para estes casos, basta apenas a apresentação de um simples atestado médico”, contam os diretores. Segundo eles, o cancelamento ainda é possível em razão de episódios como demissão do emprego, suspensão de férias e outros. “A cobertura é extensiva não só a parentes de primeiro e segundo graus, mas também ao companheiro de viagem”, prosseguem. Waldir de Menezes e Mário Gasparini destacam que a nova proteção ainda reembolsa o consumidor caso a viagem seja prejudicada por catástrofes naturais, tal como ocorreu na última temporada de inverno no cone sul, quando cinzas de vulcão prejudicaram programas na região.

O novo seguro de cancelamento é subscrito pela seguradora QBE. A sua comercialização está sendo feita de modo exclusivo pela Ifaseg junto a operadoras, agências de turismo e assessorias ao viajante. O consumidor pode adquirir a novidade em lojas e em portais de empresas destes segmentos.

Segundo os diretores da Ifaseg, o novo seguro apresenta um custo quase simbólico, que será calculado caso a caso, mas que ficará entre 1% e 2% do valor total do pacote turístico. “Um pacote de US$ 1,5 mil, por exemplo, poderá contar com a proteção no valor de US$ 15 a US$ 30, apenas”, ressaltam. Os executivos dizem que a solução é uma ótima oportunidade para todas as partes envolvidas no negócio de turismo: o consumidor poderá cancelar a viagem com facilidade em razão de um amplo leque de imprevistos; a operadora e a agência de viagem manterão o cliente satisfeito e a seguradora poderá explorar oportunidades acerca de um risco associado com um novo tipo de comportamento.

A Ifaseg considera que a nova proteção passará a fazer parte do tradicional produto de assistência ao viajante e, em dois anos, responderá por 70% dos reembolsos assegurados por esta carteira. “No final deste período, os danos e extravios de bagagem e os acidentes pessoais, que complementam o seguro viagem, passarão a representar, respectivamente, 16% e 14% das indenizações garantidas pelo produto”, afirmam.

Waldir de Menezes e Mário Gasparini, diretores da Ifaseg, receberam em 2011 o Prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros pelo desenvolvimento de outros cases envolvendo a implantação de soluções em seguros para o mercado de turismo. O título foi concedido pelas com­panhias de seguros e resseguros do Brasil, representadas pela sua Confederação, a CNseg.

No mercado desde 1981, a Ifaseg desenvolve, implanta e administra programas em parceria com seguradoras. No ramo de turismo, a empresa atende 60% das operadoras do Brasil. Estas empresas, que movimentam 82% dos negócios com turismo nacional, faturaram R$ 9,6 bilhões em 2011 e são responsáveis por 20% dos bilhetes aéreos emitidos no País.

 

G.F.

Revista Apólice

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